Encaminhando ou FW:

segunda-feira, 30 de julho de 2012

E se o que há em demasia para uns, faltasse para outros?

E se,
Vamos supor...
Embora possa ser mais que suposição...
O que houvesse em demasia para alguns, significasse a escassez para outros?

E se,
Partindo do pressuposto...
Que houvesse uma "regra" que pugnasse pela igualdade...
E que todos teriam o mínimo ao menos para manter a dignidade pessoal e a continuidade da vida de acordo com seus costumes?

Haveria razão ou direito em reclamar?

Ontem (dia 29) pela manhã, a Folha de São Paulo publicou a notícia de que Carlos Slim, o homem mais rico do mundo segundo a tradicional estatística da revista Forbes, sofre resistência de um povoado rural da zona central do México.

A razão é que a mineradora Frisco obteve licença ambiental para explorar a montanha La Espejera, em Tetela de Ocampo, no Estado de Puebla, cujas jazidas de prata e ouro trarão altos lucros ao homem mais rico do mundo nos próximos 50 anos, o tempo concedido para exploração pelo Poder Público Federal.

Quanto aos 40 mil moradores, pelo reflexo da exploração da mineradora de Slim em 10 mil hectares autorizados pelo México, terão seus rios poluídos, colocando em risco a vida de toda população, além de deteriorar com a floresta. 

Alguns poderiam contraditar "São só algumas pessoas querendo receber um bocadinho de Slim", como dizem quando algum familiar de Eike Batista causa algum dano a algum desconhecido, e este quer sua indenização da família Batista.

Aqui não é o caso, o povoado mexicano é apoiado por moradores, organizações civis e até mesmo políticos  de distintas esferas. 

Como um dos moradores se expressou, a questão não é o ouro, e sim a água. 

Agora vamos supor que pudéssemos viver sem água,
E que o ouro matasse a fome de todos...
E que a prata saciasse a sede de todos...
Teríamos, enfim, algo de diferente nesta história?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fofocas

Meu amigo, 

Ouvi dizer de Fulaninho, que a vizinha da sogra da irmã dele disse para a tia do melhor amigo do professor de literatura que seu primo teve na época de escola, alguma coisa sobre o amor, que preciso compreender melhor. 

domingo, 22 de julho de 2012

Comercialização da Violência e o fenômeno da Erotização

Que bela madrugada, meu amigo.

Acabo de assistir Gabriela Cravo Canela, longa dirigido por Bruno Barreto de 1983, com Marcello Mastroianni e Sônia Braga, evidentemente, inspirado na obra de Jorge Amado.

Primeiro ponto: nunca li o romance até então, e pouco assisti da última telenovela da Rede Globo, Gabriela, protagonizado por Juliana Paes. Tomei conhecimento também de outras duas outras versões, uma de 1960, transmitida pela extinta Tv Tupi e outra em 1975, transmitida pela Tv Globo, cuja personagem Gabriela é também vivida pela Sônia Braga.

Pois bem, além da trilha sonora e da fotografia que admiro, o filme provocou-me uma velha discussão que já tive o prazer de tecer com alguns amigos e colegas. O problema da erotização do mercado, e da força econômica da violência e da nudez.

Em certo momento, no bar, alguém diz "Turco" e Nacid retruca "Não sou turco, sou italiano. Minha mãe era napolitana e meu pai árabe. Daí esse alguém diz "Pensei que fosse a mesma coisa" e novamente Nacid "Mas não é".

Já parou pra pensar nos comentários sobre o filme 127 horas ? E o mesmo em relação a Tropa de Elite? (Exemplifico com esses filmes porque também os vi hoje)

Eram coisas do tipo "Consegui ver quase o filme todo" em relação ao primeiro, ou "Bandido bom, é bandido morto" em relação ao segundo.

O que quero dizer é, a violência ou a nudez não deve ser afastada, mas não deve ser abusada como forma de atrair o mercado desinstruído.

Daí alguém diz "Pensei que fosse a mesma coisa". E eu digo "Mas não é".

Pense em Gabriela, em 1983 não havia internet desta forma, não havia televisão "fechada" de forma tão popular, não era comum, sequer, mais de um aparelho televisivo por residência. Existe uma profunda diferença entre um longa nesse contexto e uma novela transmitida pela rede de televisão mais "popular" hoje no país em horário que certamente crianças não estão dormindo.

E se estão, ou algum responsável sensato não permite que a criança assista, ela consegue rever tudo pela internet ou em comentários quase integrais dos episódios durante a tarde do dia seguinte pelas mesmas redes televisivas.

A erotização não é só um problema que prejudica as crianças, prejudica o conteúdo e a mensagem ideológica transmitida, empobrece a arte e a vende de modo a só se preocupar com a arrecadação financeira, em outros termos, a nudez e a violência é vendida.

É vendida e barata, porque os preços dessa erotização desmedida já é sentida, embora não percebida, enquanto os lucros financeiros são percebidos somente por poucos. 

Existiria equilíbrio, por exemplo, se a pessoa que assistisse Gabriela com Juliana Paes pelada na Globo se fosse capaz de ler o romance de Jorge Amado também.

É capaz de assistir Tropa de Elite, aquele que verdadeiramente compreende a mensagem e não sai por aí querendo matar qualquer "bandido", compreende a mensagem?

Proponho: a censura indicativa e instrutiva. A circulação de informações não pode ser centralizada, e o controle deve ser pessoal de cada cidadão, membro do povo, consciente e sensato, com capaz de discernir o que pretende ou não consumir, inclusive na questão artística que tem perdido tanto nos últimos tempos (e não é privilégio das telenovelas ou filmes, digo em tudo). 

Cumpramos nosso papel, cada um, instruído e crítico acerca das informações disponibilizadas a fim de que o verdadeiro poder de decisão seja nosso, quando cada um cumpra seu papel, principalmente naquilo que diz "Estado Democrático de Direito".

Equilíbrio, nem censura, nem vale-tudo. Chega de erotização e violência desmedida, há uma mensagem muito maior por trás disso, se não houver, é porque não vale a pena.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Que suis-je?

Bonjour, mon ami.

Este blog não é uma expressão artística, nem mesmo um ensaio ou um tratado...

Não tem cunho jornalístico, instrutivo ou destrutivo.

Tudo ou nada poderá ser escrito em duas linhas ou duas caras.

Meu nome é Andrey ou Menocchio e só quero expor, botar pra fora, cuspir, para me ajudar a digerir...

Não significa, exatamente, que seja para mim ou para você. É para mim, porque é meu e não faço questão de divulgar, mas é para você, pois do contrário, não me utilizaria deste meio.

São ideias literatas, oriundas de músicas, tratados, filmes, curtas, cenas, desenhos, animações, do cotidiano, dos olhares pela janela, do ponto de ônibus, das conversas alheias, das minhas conversas, ou de qualquer meio que me permita fazer a significação pessoal ou ressignificação. Aliás é esse um dos pilares que acredito e que maquina este blog. A multiplicidade de informações, em grande número na maioria das vezes, circulando por diversos meios, de certa forma, ilimitadas ou incontáveis, que assimilados pela pessoalidade de que escreve ou de quem diz  tomam outros e diversos significados.

É nisso que acredito, uma ideia exposta permite que dela originem-se outras inúmeras ideias a depender de quem pensa, de quem lê ou ouve. As ideias não têm donos, porque elas são todas ressignificadas a partir da interpretação pessoal.

E até a simples absorção de uma ideia específica para um ser é entendida conforme a sua pessoalidade.

Nesse sentido, uma das grandes ideias centrais é tornar pública ou ao menos externa as ideias que podem assumir as diversas significações que cada um se disponha a fazer, mesmo que sejam críticas.

Tudo isso na linguagem mais plúrima, clara, e próxima do que entendo ressignificar ou significar de acordo com minha pessoalidade.

Por exemplo: li recentemente o livro Raul Seixas por ele mesmo, da editora Martin Claret; é perceptível a crítica ao Belchior e ao trecho de sua autoria "apenas um rapaz latino-americano", como o faz Paulo Coelho. Respeito muito o Raul e gosto muito de suas ideias a partir da minha significação. Mas também gosto muito do Belchior e acho esse trecho genial.

Para mim, "ser apenas um rapaz latino-americano" é uma identidade real (ou aparentemente real) de onde me localizo e qual é minha cultura predominante ou primária. Isso para mim ainda quer dizer que não tenho títulos, não sou reconhecido, não sou rico, não sou Sir, nem americano, inglês ou possuidor de Euros.

Quero dizer, a ideia é de um cara, o Belchior (sei lá o que ele quis dizer mesmo), outro interpretou de forma crítica, o Raul Seixas, e para mim, Andrey ou Menocchio, há uma outra interpretação, que assumo a partir da minha pessoalidade, identifico-me e ressignifico.

Beleza?

Ao final, ou no meio, ou até mesmo no começo, posso mudar de ideia. Por que não?

sábado, 14 de julho de 2012

Muito prazer, Andrey ou Menocchio

Boa noite, meu caro leitor.

É com grande honra que lhe apresento a desordem mais organizada que sua própria mente lhe sugeriu elaborar.

Em toda sua indignidade,

Muito prazer e seja bem vindo.

Meu nome é Andrey ou Menocchio.